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Medalhista paralímpico prestigia Jogos Escolares Adaptados

Para o atleta Yohansson Nascimento, o tratamento dado aos deficientes é, sem dúvida, mais limitante do que a deficiência em si

 Publicado em  14/11/2018 às 12h33  atualizado em 14/11/2018 às 12h34 - Campinas  Esportes


Os Jogos Escolares Municipais Adaptados (JEMA) deram a oportunidade para 650 crianças se integrarem por participar de nove modalidades esportivas adaptadas. O evento aconteceu na tarde da última sexta-feira, 9 de novembro, na Faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e contou com a presença de Yohansson Nascimento, seis vezes medalhista em atletismo paralímpico, além de representantes da Secretaria Municipal de Educação (SME) e da Unicamp.

O JEMA é organizado pela SME e FEF e faz parte do Adapta FEF, um evento para crianças com e sem deficiência, com o objetivo de que alunos conheçam as modalidades do esporte paralímpico. Entre os estudantes presentes, 450 eram da educação especial, de 30 colégios diferentes, e os outros 200 da Divisão de Educação Infantil e Complementar (DEDIC) da Unicamp. Os Jogos contaram com o apoio de 150 profissionais, como professores e cuidadores.

As crianças puderam conhecer as modalidades parabadminton, vôlei sentado, tiro com arco paralímpico, paracanoagem, basquete em cadeira de rodas, bocha paralímpica, atletismo adaptado, judô paralímpico e esgrima paralímpica.

Para o atleta Yohansson Nascimento, o tratamento dado aos deficientes é, sem dúvida, mais limitante do que a deficiência em si e o esporte acaba sendo uma maneira para que deficientes percebam que as barreiras não existem, mesmo em outras áreas. O corredor nasceu sem as mãos e diz que teve o apoio da família para correr profissionalmente. 

Com 31 anos, Nascimento já participou de três paralimpíadas e ganhou seis medalhas, uma de ouro em Londres, em 2012, nos 200m. “Não vamos olhar a deficiência, vamos olhar uma solução para aquela pessoa”, disse o medalhista sobre o tratamento que deve ser dado aos deficientes.

Maria Luiza Tanure, docente da FEF, concorda com o ponto de vista do corredor, “o que precisa mudar é a cultura em torno da criança com deficiência”, disse. O Adapta FEF, além de permitir o contato de alunos com o esporte paralímpico, é uma oportunidade de formar profissionais para lidar com as diferenças, já que estudantes da universidade preparam as atividades e acompanham as crianças.

Dentre as nove práticas esportivas sendo ensinadas no JEMA, Gabriel da Silva e Isaac Gomes preferiram o basquete em cadeira de rodas. Ambos estudam na Emef Profa. Dulce Bento Nascimento, no bairro Guará, e estão no 9° e 8° ano do ensino fundamental, respectivamente. Além de ser divertida, a atividade é mais difícil do que eles imaginavam, o que fez crescer a admiração da dupla pelos jogadores da modalidade.

Este tipo de aprendizado costuma ser duradouro, segundo Rozeley Gomes, professora que faz parte do grupo de educação física responsável por organizar os Jogos Escolares Municipais (JEM) e o JEMA. “A atitude dos alunos muda depois dos jogos”, conta Gomes.

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