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Ligação para prevenção ao suicídio se torna gratuita em todo país

A partir de agora, o número 188 está disponível em todos os estados, 24 horas por dia

 Publicado em  13/07/2018 às 12h07  Brasil  Serviços


Desde o dia 1° deste mês, as ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), organização que realiza apoio emocional na prevenção de suicídio, passaram a ser gratuitas em todo Brasil, graças a uma parceria firmada com o Ministério da Saúde.
O CVV é uma entidade sem fins lucrativos, que vem prestando apoio a pessoas que precisam conversar, funcionando como uma prevenção ao suicídio. Somente em 2017, o órgão recebeu mais de 2 milhões de ligações. Agora, a gratuidade foi ampliada, cobrindo todo o território nacional, e estima-se que as ligações cheguem a 2,5 milhões ainda neste ano.
De 2011 até 2016, Indaiatuba registrou 68 óbitos. No Estado de São Paulo, 13.944 no mesmo período. Já no Brasil ocorreram 62.804 suicídios em 6 anos.
Entre os fatores de risco para o suicídio, estão: transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas. No entanto, tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado no Sistema Único de Saúde conforme um projeto terapêutico individual.
O Ministério da Saúde entende que a assistência é um fator fundamental na prevenção ao suicídio. Por conta disso, o governo vem tomando medidas para prevenir que novos casos ocorram, tais como a ligações gratuitas para o CVV. Com a recente ampliação, 21% da população foi beneficiada com o serviço. Além disso, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo ministério, nos locais onde existem Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), uma iniciativa do SUS, o risco de suicídio reduz em até 14%. Existem no país, 2.463 CAPS e, no último ano, foram habilitadas 146 unidades, com custeio anual de R$ 69,5 milhões do Ministério da Saúde. Por isso, a agenda estratégia prevê a expansão dessas unidades nas regiões de maior risco.

Dados
Em 2015, foram registrados 15.231 atendimentos ambulatoriais e 14.428 internações em decorrência de depressão. Em 2016, foram 16.398 atendimentos ambulatoriais e 13.872 internações. Ano passado, com dados ainda preliminares, foram registrados 9.740 atendimentos ambulatoriais e 7.398 internações.
Já nos casos de ansiedade, em 2015 foram registrados 41.298 atendimentos ambulatoriais e 2.008 internações em decorrência de ansiedade. Em 2016, foram 48.327 atendimentos ambulatoriais e 2.660 internações. Ano passado, também com dados ainda preliminares, já foram registrados 35.603 atendimentos ambulatoriais e 1.032 internações.
A psicóloga Sheila Molchansky, explica que o apoio através de uma conversa, é tentar ajudar a pessoa a ver com mais clareza outras saídas, que tirar a própria vida não é um caminho. “O fato de ter a quem recorrer no momento de desespero, não pode ter o objetivo claro de dissuadir a pessoa, porque se ela estiver decidida, ela vai cometer o suicídio. Acho que o principal é tentar mostrar a confusão entre não querer viver e não querer sofrer. A tentativa tem que ir na linha de mostrar que existem outros recursos, que existem outras formas de lidar com esse sofrimento, que não seja acabar com a própria vida. É nessas horas que a gente consegue ganchar com algo produtivo, com algo de bom que possa ainda restar dentro dela. Muitas vezes, movida pela fé, a gente segura uma crise dessas”, afirma.
A doutora lembra ainda, que é possível notar quando uma pessoa está cogitando tirar a própria vida, pois de alguma maneira, mesmo que involuntariamente, a pessoa demonstra mudanças em seu comportamento, como isolamento social, entristecimento, palavras que se usa em busca de internet, companhias que exercem influência negativa, entre outros fatores. Portanto, é preciso se atentar aos problemas da pessoa, para poder lhe prestar apoio, pois como disse a doutora Sheila, a pessoa tem que entender a confusão que ocorre entre não querer viver e não querer sofrer.

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