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Indaiatuba vai na contramão em casos de feminicídio, que cresceram na pandemia

Ao contrário do que acontece no resto do Brasil, a cidade não vê registros nessa área

 Publicado em  18/06/2021 às 09h38  Indaiatuba  Polícia


A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que oito mulheres são agredidas por minuto no país

A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que oito mulheres são agredidas por minuto no país
Foto: Reprodução

Eloy de Oliveira
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Indaiatuba vive uma situação diferenciada em relação ao resto do Brasil no que se refere ao número de feminicídios, que são crimes cometidos pelo fato de a vítima ser uma mulher.

Enquanto pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgada no último dia 7, aponta que oito mulheres são agredidas por minuto no país, Indaiatuba está longe disso.

O delegado titular do município, Luiz Fernando Dias de Oliveira, afirma que mesmo os casos de homicídios que envolvem a passionalidade são em número reduzidíssimo.

Em 2021, por exemplo, o número de casos desse tipo foi 1,19% na comparação a cada 100 mil habitantes, o que dá três casos apenas. Em 2019, foram 3,66% e em 2018 menos: 2,91%.

Em se tratando especificamente de feminicídio, a cidade não teve nenhum caso nos últimos três anos. Em 2019 e 2020 houve duas tentativas em cada e neste ano três.

Estrutura

Luiz Fernando atribui o pequeno número de ocorrências de homicídios contra mulheres à política de segurança empregada e ao perfil da cidade, que tem padrão de vida mais elevado.

Ele destaca o monitoramento em todo o município; a investigação, que esclarece 100% dos casos desde 2013; e a atuação da Polícia Militar que tem feito o crime cair desde 2012.

Para ele, o fato de a cidade ter moradores predominantemente das classes A e B (61,4%) e nível econômico mais elevado afasta disputas de gangues e pontos de tráfico e os feminicídios.

Mesmo assim, o delegado afirma que está atento à mudança de comportamento da sociedade em razão da pandemia e diz que constantemente monitora os índices.

Desemprego

A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública encontrou uma razão maior que a convivência com o agressor e a dificuldade de procurar ajuda por causa da pandemia.

De acordo com os dados apurados no levantamento, as mulheres vítimas de violência enfrentam hoje a dificuldade financeira como principal razão para o aumento de casos.

Sem ter como se sustentar por conta do desemprego provocado pela pandemia, muitas delas acabam mantendo relacionamentos abusivos para poderem atravessar o período.

O levantamento revela que 25,1% das 1.089 mulheres com mais de 16 anos ouvidas indicaram a razão econômica. Em seguida vem a convivência maior (21,8%) e isolamento (9,2%).

Pelos dados, uma em cada quatro brasileiras sofreu algum tipo de violência no último ano, seja ela física, psicológica ou sexual. Há oito casos a cada minuto nas agressões físicas.

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  • A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que oito mulheres são agredidas por minuto no país

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    Foto: Reprodução

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