Indaiatuba registra queda na maioria dos crimes

Indaiatuba registrou uma redução em 18 dos 20 índices criminais, segundo dados da Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP). Os números correspondem aos meses de janeiro a julho deste ano, em comparativo com o mesmo período de 2013. O crime de furto registrou queda mais significativa, 28,49%, baixando de 1.190 casos para 851. Em contrapartida, os índices de tentativa de homicídio e roubo de veículos contabilizaram um aumento de 35,71 % e 6,55% respectivamente. 

Segundo o levantamento realizado pela SSP, o crime de homicídio doloso registrou queda de aproximadamente 66%, com seis casos em 2014 e 10 ocorrências no ano passado. Já em casos de homicídio culposo por acidente de trânsito, Indaiatuba registrou uma queda de 55%, baixando de 20 casos, para nove. 

Nos casos de lesão corporal dolosa, o Município também registrou queda, passando de 430 casos em 2013 para 322 este ano, uma redução de 25,11%. Nos crimes de lesão corporal culposa por acidente de trânsito a redução foi um pouco menor, 5,10%, baixando de 392 para 372 casos. Outra ocorrência que também registrou queda nos índices foi lesão corporal culposa, indo de 77 para 73 casos, uma redução de 5,19%.

Outra boa notícia aparece nos números pertinentes ao crime de latrocínio (roubo seguido de morte). De janeiro a julho deste ano, Indaiatuba não registrou nenhuma ocorrência, e em 2013 foram apenas quatro casos. Os números também baixaram no crime de estupro. No ano passado foram 23 ocorrências, já em 2014 foram 17 casos, tendo assim uma baixa de aproximadamente 26%. 

Já nas ocorrências de tráfico de drogas a queda foi de 29,03%, baixando de 155 para 110 casos. Nos roubos comuns a redução foi de 25,80%, passando de 438 para 325 casos. Os crimes de roubo de carga apresentaram redução de 25%, já o índice de furto de veículos ficou estagnado em 162 casos, sem queda ou aumento no comparativo com o ano passado. 

Por fim o balanço traz os índices de homicídio doloso, que registrou uma queda de 50% nos casos, com 12 ocorrências em 2013 e seis em 2014. Já nas ocorrências de homicídio doloso por acidente de trânsito, a redução foi de 100%.

De acordo com o comandante da Polícia Militar, capitão Jesus André, a redução nos índices se deve, principalmente, ao planejamento em conjunto com a Guarda e a Polícia Civil. “A Polícia Militar realiza contato diariamente com as outras forças de segurança, desse modo conseguimos planejar e direcionar as ações, conseguindo assim maiores resultados”, explica. “O apoio do Ministério Público também tem sido primordial para o nosso bom desemprenho, pois conseguimos realizar o cumprimento dos mandatos com maior agilidade.” 

O comandante também destaca o apoio da imprensa. “Os veículos de comunicação da cidade tem nos apoiado muito, principalmente quanto à divulgação das campanhas de prevenção”, ressalta. 

Segundo a Secretária de Comunicação Social da Prefeitura, a queda nos índices é resultado do trabalho de estudos quinzenais realizado pelo Grupo de Análises Criminais (Geac), que propõe ainda ações de saturação, patrulhamento focado e estreitamento de vias. 

O secretário municipal de Segurança Pública de Indaiatuba, Alexandre Guedes Pinto, também ressaltou as ações conjuntas da Polícia Militar, Policia Civil e Guarda Municipal. “Temos que destacar o trabalho em conjunto entre as forças policias de Indaiatuba que tem proporcionado a prisão e condenação dos envolvidos e com isso diminuindo a sensação de impunidade”, ressaltou 

Aumento

Em contrapartidas, Indaiatuba registrou aumento em dois índices criminais. Nos casos de tentativa de homicídio o aumento foi de 35,71%, saltando de nove casos no ano passado, para 14 este ano. Já o crime de roubo de veículos passou de 57 casos em 2013, para 61 no mesmo período deste ano, resultando em um aumento de aproximadamente 7%. 

O capitão da PM ressalta que a maioria das tentativas de homicídio ocorreu dentro das residências, onde o alcance da PM encontra mais dificuldades. “Quando se trata da rua temos mais acesso, estamos em patrulhamento, mas dentro das residências muitas vezes só tomamos conhecimento depois”, explica.