Exposição reúne obras do artista José Paulo Ifanger

O museu do Casarão Pau Preto sedia até dezembro a exposição temporária “Vida e Obra de José Paulo Ifanger (1941 – 2010)”. A mostra que foi orientada pela irmã e pela filha do artista, Sônia Ifanger Valim e Ana Paula Ifanger Sinisgalli, reúne aproximadamente 15 desenhos em guache e nanquim e ainda dez telas a óleo acrílico.
A exposição tem como objetivo homenagear o artista que este ano completou cinco anos de seu falecimento. “Quisemos fazer essa homenagem ao meu pai e procuramos o Pró-Memória, que aceitou na hora nossa ideia, e se colocou a disposição para organizar”, conta Ana.
Entre as obras expostas, está um retrato de Leonardo Da Vinci, o qual o artista pintou aos 14 anos. “Este foi o primeiro retrato pintado pelo meu pai”, revela a filha do artista. Durante toda  sua trajetória se dedicando a arte, José Paulo Ifanger pintou diversos quadros em guache, nanquim e a óleo. “Não tenho ideia de quantas obras foram pintados, pois alguns meu pai vendia e outros ele doava, mas sei que foram muitos”, explica Ana.
E inspiração não faltava na hora de se dedicar a pintura. Questões do seu íntimo, figuras humanas e pessoas que amava, sempre eram retratadas em suas telas. “Meu pai era pessoa extremamente fechada e depressiva, mas ao mesmo tempo bondosa e com um amor enorme. Somente na pintura ele conseguia expressar tudo isso”, conta Ana. 

História

José Paulo Ifanger nasceu em Campinas, porém sempre residiu em Indaiatuba. Descendente dos suíços de Helvetia, ele foi casado com a Maria Alice Groff Ifanger. Ainda criança, descobriu seu dom pelo desenho e pela pintura, mas somente aos 14 anos fez seu primeiro quadro a óleo, um retrato de Leonardo Da Vinci. “Meu pai começou a pintar aos 12 anos, mas na década de 70 teve seu grande momento de inspiração”, revela a filha do artista.
Entretanto, mesmo com o reconhecimento de seu talento, José Paulo Ifanger permaneceu vinte anos sem novas pinturas, dedicando-se apenas a publicidade. “Após muitos anos, meu pai voltou a pintar a pedido de um restauro. Desde então não parou mais e se dedicou a arte até o último ano de sua vida, em 2010”, revela.