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Estado de São Paulo produz a primeira uva gourmet do Brasil

Início da colheita do produto comemora os bons resultados da Pilar Moscato, exportada para Canadá, Europa e Hong Kong

 Publicado em  28/01/2020 às 14h33  Estado SP  Cidades


Por Governo do Estado

No último sábado (25), o município de Pilar do Sul, na região de Sorocaba, promoveu, pelo segundo ano consecutivo e com a presença de 300 pessoas, a segunda cerimônia de colheita da Pilar Moscato, a primeira uva gourmet do Brasil. Após quase dez anos de pesquisas realizadas por integrantes da Cooperativa Agroindustrial Associação Paulista de Produtores de Caqui (APPC), que conta atualmente com 35 cooperados, surgiu em 2015 a uva Pilar Moscato.

A variedade nasceu da necessidade mercadológica de oferecer produto de excelência, qualidade e total segurança aos consumidores. Atualmente, a Pilar Moscato é o carro chefe dos produtos comercializados pela APPC, entre eles, caqui, ameixa, atemoia, decopom, entre tantas outras frutas.

“Tenho orgulho de afirmar que a variedade foi a primeira uva gourmet lançada no mercado brasileiro, produto esse norteador das fruticulturas paulista e brasileira. Com isso, paradigmas até então vigentes nessa cadeia foram quebrados. A qualidade pode ser traduzida em sabor, coloração, tamanho e principalmente segurança”, salientou Paulo Toyoda, vice-presidente da cooperativa, que enalteceu a importância do trabalho para a permanência dos jovens nos campos, geração de empregos e progresso da nação brasileira.

Diferenciais

Os principais diferenciais do produto são a aparência, com bagos grandes, brilhantes e sem sementes, e o sabor bastante adocicado. “Antes da colheita, analisamos cada cacho que deve estar com no mínimo 18 brix (grau de doçura da fruta), contra 14 graus brix das uvas tradicionais e todo o processo tem acompanhamento técnico integral, proteção e cuidados especiais nas etapas de cultivo”, destacou Claudio Shoiti Ito, presidente da APPC.

“Esse é um produto bastante artesanal, exige mão de obra especializada, muita técnica e bastante conhecimento”, detalhou o gestor. Já no término da colheita, têm início os tratos culturais para a próxima safra: adubação verde para melhor estruturar o solo, fertilização, limpeza de troncos e podas para quebra de dormência.

São colocadas em prática outras ações para uniformização de brotação, florescimento e frutificação. Quem vê o parreiral cheio de frutas lindas, grandes e brilhantes nem imagina que a safra iniciou, em julho, com uma forte geada que gerou problemas de brotação, porém teve consequências positivas: o acúmulo de frio permitiu que em agosto novas podas fossem realizadas garantindo a qualidade da uva, com padrão de cachos bastante vistosos.

Por todo o processo, a Pilar Moscato tem também um preço diferenciado das demais, podendo chegar a R$ 90 o quilograma, garantindo boa renda aos produtores. “Estamos animados e acreditamos que nesta safra iremos colher cerca de 500 toneladas”, disse.

Qualidade

Daniel Nakano, chefe do grupo de estudos da uva Pilar Moscato, explica que uma das missões da cooperativa é levar produtos seguros, saborosos e de qualidade para agradar aos mais exigentes paladares e consumidores, além de atender a um nicho diferenciado de mercado.

“Estudamos constantemente para que haja segurança alimentar, respeito ao meio ambiente e inovação. Recebemos de volta com doçura, formato e qualidade toda a nossa dedicação para com esta fruta”, revela o pesquisador, informando que todo o processo atende as normas de rastreabilidade e outras legislações exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Na região, são gerados mais de 200 empregos relacionados a esta variedade de uva. “Os produtores rurais de Pilar do Sul estão dando a oportunidade de o nosso município melhorar economicamente e de ser conhecido e reconhecido internacionalmente com a Pilar Moscato. Agradeço o empenho de todos os fruticultores pelo trabalho incessante e à Secretaria de Agricultura pelo apoio técnico constante”, afirmou Marco Aurélio Soares, prefeito de Pilar do Sul.

Otimismo

Presente no evento, que contou com uma cerimônia religiosa e atividades em campo, Diógenes Kassaoka, dirigente da assessoria técnica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, representou o secretário Gustavo Junqueira e levou aos presentes uma mensagem de otimismo.

“Vocês são exemplo de que, unidos, os produtores conseguem se organizar, gerir mais adequadamente seus negócios e abastecer o Estado, o Brasil e outros países com produtos de qualidade. Continuem se empenhando e contem com a Secretaria de Agricultura”, enfatizou.

Para João Brunelli Júnior, coordenador substituto da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) e representando o coordenador José Luiz Fontes, a APPC cumpre com excelência a vocação rural.

“A produção é feita por vocês e o nosso papel é de ser facilitador e oferecer todo o suporte para que tenham cada vez mais oportunidades e renda. Vocês já mostraram que têm um enorme potencial para levar o agro paulista e brasileiro para outros patamares”, afirmou o gestor, responsável pelo Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado, do Governo do Estado, executado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento entre 2011 e 2018, com apoio do Banco Mundial.

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