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Empresa de Indaiatuba é citada em relatório da Operação Lava Jato

Advogada de defesa alega equívoco no caso

 Publicado em  24/04/2015 às 10h46  atualizado em 17/06/2015 às 11h51 - Indaiatuba  Cidades


A empresa Viena de Indaiatuba INC Imobiliária Ltda entrou na rota da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás. Um relatório do Ministério Público Federal (MPF) aponta que a empresa teria realizado um depósito de R$ 280 mil na conta de Nayara de Lima Vaccari, filha do ex-tesoureiro do PT e suspeito de ser o operador do esquema, João Vacari Neto. 

Localizada na Rua Pedro de Toledo, 707, a Viena Incorporadora possui sete sócios, quatro deles residentes em Indaiatuba, são eles: Luiz Carlos Queiroz, Antônio Geraldo Lorenzetti, Júlio César Generoso Ianizzo e Hueber Baia de Oliveira. De acordo com a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp),a Viena possui um capital de R$ 40 mil.

A empresa de Indaiatuba teria sido ‘descoberta’ pelo MPF durante um rastreamento nas contas do tesoureiro petista, preso em São Paulo no último dia 15. Segundo os auditores da Receita Federal, na declaração do Imposto de Renda de Nayara, foi colocado que ela recebeu uma suposta doação de sua mãe, Giselda, no valor de R$ 280 mil. 

O relatório afirma que o valor não circulou na conta de Nayara, mas foi sacado em espécie pela mãe. Durante a análise da quebra do sigilo bancária de Nayara, descobriu-se que os R$ 280 mil saíram da empresa Viena de Indaiatuba INC Imobiliária Ltda, com sede em Indaiatuba. 

Segundo o MPF, não há explicações para que a Viena tenha realizado o depósito, já que não existia nenhum vínculo comercial entre a empresa e Nayara, que justificasse o ato. A reportagem do Mais Expressão teve acesso ao documento do MPF, no qual os auditores afirmam que: “Há suspeitas fundadas de que o depósito da Viena seja o pagamento de vantagem indevida, sendo que a simulação da doação serviu apenas como estratagema para legitimar o recebimento do valor da conta-corrente”. 

Em entrevista à reportagem, a advogada da Viena, Christiane Vieira Ferreira, informou que as acusações não procedem e que tudo não passa de um equívoco. “Acreditamos que seja apenas uma troca de nomes e que tudo será esclarecido. Não existe notificação e a Viena não está sendo investigada pela Operação Lava Jato”, diz. “Ficamos sabendo do fato na quarta-feira, dia 15, e no dia seguinte fui para Curitiba onde estive com os procuradores do caso e apresentei o extrato bancário da empresa, que mostra claramente que não houve depósito nenhum na conta da Nayara.” 

Christiane informou que o relatório ainda não foi concluído e que a investigação corre de forma sigilosa, por isso não deveria ter sido divulgada antes de sua conclusão. No entanto, ela confirmou que os quatro empresários locais são sócios da Viena, mas que não são investigados pela Lava Jato e tampouco foram convocados para prestarem esclarecimentos.  

Segundo o relatório do MPF, mesmo se tratando de uma incorporadora, a Viena não possui nenhum empregado. De acordo com a advogada, isso ocorre porque a empresa é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), criada especificamente para a comercialização do Jardim Residencial Viena, empreendimento que está sendo comercializado na cidade. 

 

Outra empresa 

Essa não é a primeira empresa de Indaiatuba que é apontada na Operação Lava Jato. No início de 2014, a Labogen Química Fina e Biotecnologia foi citada na investigação, dessa vez por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, que teria utilizava a razão social da empresa para enviar remessas ilegais de dinheiro para o exterior.

 

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