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É preciso proteger a mulher

O alerta foi feito nessa sexta feira, por Maria da Penha Fernandes, em evento promovido pela Unicamp

 Publicado em  12/03/2019 às 10h56  Campinas  Cidades


Múltiplos aspectos relacionados ao futuro da mulher no mundo do trabalho foram objeto de reflexão na manhã desta sexta-feira (8) em evento promovido pela Unicamp no auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo. A iniciativa, que contou com a co-organização do Ministério Público do Trabalho, marcou as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher. 

Na abertura das atividades, o reitor Marcelo Knobel falou da satisfação de a Unicamp estimular o debate sobre o tema, destacando que este é um dos papéis da universidade pública. Na sequência, Maria da Penha Fernandes, que batizou a Lei Maria da Penha de combate à violência contra a mulher, falou ao público sobre sua trajetória e acerca da necessidade da continuidade das ações para o enfrentamento do feminicídio.

Segundo Maria da Penha, um aspecto precisa ficar claro em relação à lei que leva o seu nome. "A lei não foi criada para punir os homens, mas para proteger as mulheres da violência doméstica e punir os agressores". Ela lembou que a maioria dos assassinatos de homens ocorre nas ruas ou no bares, enquanto que os homicídios contra as mulheres normalmente acontecem dentro de casa, praticados pelos seus companheiros, ou seja, "por quem deveria protegê-las", pontuou.

Maria da Penha defendeu a necessidade de o país investir mais em educação e, nesse contexto, conscientizar as crianças sobre a problemática da violência doméstica. "Precisamos desconstruir o machismo presente na sociedade. Juntos, podemos fazer a diferença", afirmou.

Após a fala de Maria da Penha foi a vez do historiador Leandro Karnal, professor da Unicamp, se dirigir ao público. Ele lembrou que a luta contra a misoginia não é uma pauta somente das mulheres, mas de todos. Karnal revelou que está realizando pesquisa para um livro que deverá ser lançado ainda em 2019. "Em função dos estudos que estou fazendo, estou inclinado a concluir que a misoginia é, entre todos os preconceitos, o mais sólido no Ocidente".

O historiador defendeu a necessidade de a sociedade se libertar de ideias excludentes e violentas, bem como chamou a atenção para a importância da coação contra quem pratica a misoginia, o racismo e a homofobia. "O limite da tolerância é a ética", disse.

O evento contou ainda com um painel em que foram discutidos assuntos como políticas públicas, empreendedorismo, proteção social, entre outros, sempre tendo em perspectiva a defesa dos direitos das mulheres. A iniciativa contou com o apoio do Observatório de Direitos Humanos da Unicamp e Observatório das Migrações em São Paulo.

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