Diretriz irá apontar medidas de redução do isolamento

Adriana B. Lourencini

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O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, declarou à imprensa que o governo está preparando uma diretriz para reduzir o isolamento social no país. Em entrevista coletiva, ele salientou que o “crescimento explosivo” de casos de Covid-19 não existe, e que tal fato justifica o afrouxamento nas regras de isolamento.

Em seu discurso, Teich anunciou que será desenhada uma diretriz que possa oferecer suporte a estados e municípios, “para que desenhem seus programas em relação ao isolamento e ao distanciamento”.

Nesta sexta-feira (24), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil tem 49,4 mil casos confirmados e cerca de 3 mil óbitos pela doença. Por outro lado, o país já registrou cerca de 23 mil pacientes curados da doença e, ainda de acordo com a Saúde, a taxa nacional de recuperação é de quase 57% (acima da metade dos casos).

“Não há como precisar a quantidade de doentes, já que o índice de testagem no país é baixo. (...) Se a gente imaginar que pode ter uma margem de erro grande (...). Digamos que a gente tenha aí cem vezes mais casos, isso é um exemplo hipotético. A gente está falando em 4 milhões de pessoas, e hoje somos 212 milhões de brasileiros”, considerou Teich.

O ministro lembrou ainda que “fora da Covid-19 tem 208 milhões de pessoas que continuam com suas doenças, com seus problemas, e que isso tem de ser tratado”.

Customização

A diretriz deverá ser apresentada na próxima semana, porém, Teich comentou que ainda não é possível avaliar se alguma região ou cidade já teria condições de retornar à normalidade. “A gente tem de entender que o Brasil é gigante e heterogêneo. A diretriz tem que ser customizada para cada região”, ponderou.

O líder da Pasta explicou também que a diretriz irá informar a possibilidade de reformular as medidas de isolamento social, caso haja surto repentino de casos. Essa ação será em conjunto com estados e municípios.

Teich observou ainda que o isolamento representa medida lógica, porém, necessita estar atrelado a um planejamento de saída. “É impossível um país sobreviver uma ano, um ano e meio parado”, ressaltou.

Fonte: Agência Brasil