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Deixar de fumar na velhice melhora qualidade e expectativa de vida

O cigarro é responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis

 Publicado em  18/07/2018 às 14h31  Brasil  Saúde


Se por um lado, o consumo de cigarros mata milhões de indivíduos a cada ano e desfavorece a longevidade, sendo fator de risco para inúmeras doenças, deixar de fumar causa efeitos benéficos evidentes em todas as faixas etárias, mesmo nos idosos, principalmente na qualidade e na expectativa de vida.

“Mesmo já sendo idoso a pessoa que deixa de fumar irá se beneficiar de melhora na sua qualidade de vida sem o cigarro. O uso do tabaco está relacionado com o agravamento de várias doenças que podem surgir com o avanço da idade, como as doenças cardiovasculares”, explica a psicóloga Vera Borges, da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).

Vera Borges ainda destaca que muitos idosos tabagistas desejam parar de fumar, mas o fato de terem sido tabagistas por muitos anos, aumenta e reforça a dependência do tabaco, dificultando a decisão. “Um dos fatores que mais contribui para o idoso deixar de fumar é o surgimento de doenças ocasionadas pelo uso de tabaco ao longo da vida”, afirma. Entre outros danos, o cigarro torna o idoso tabagista mais sujeito a ter irritação das vias aéreas, podendo desenvolver enfisema pulmonar, bronquite e gripes que podem levar à pneumonia.

“O tabagismo é uma dependência química que, além de ser uma doença por si só, produz outras doenças, aumentando as chances de câncer, doenças cardiovasculares, pulmonares, dentre outras. Quanto mais cedo o tabagista deixa de fumar, mais saúde ele terá, e, ao mesmo tempo, menos riscos de contrair doenças ocasionadas pelo tabaco”, reforça a psicóloga.

O cigarro é responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral).

Terceira idade
A psicóloga traça diferenças importantes, do ponto de vista físico e mental, para a fase caracterizada como terceira idade, que vão além da fragilidade física, como sentimentos de perdas, medos e incertezas. “É preciso considerar que o tabaco ocupou um espaço grande demais na vida dessa pessoa, e que terá dificuldades importantes para estabelecer outro padrão, criar uma rotina em sua vida que não inclua o tabaco”, afirma.

“Portanto, é fundamental sensibilizar o idoso para deixar de fumar, mas compreender suas dificuldades, motivá-lo a ir vencendo aos poucos essas dificuldades. Esse pode se constituir num caminho de encorajamento para superar seus limites. Deixar de fumar é um processo que pode levar algum tempo até que se efetive”, conclui.

Benefícios de largar o cigarro
- normalização da pressão arterial após 20 minutos;
- queda de 50% dos níveis de nicotina e monóxido de carbono no sangue, com normalização da oxigenação do sangue após 8 horas;
- melhora do olfato e paladar após 48 horas;
- melhora da capacidade de andar e correr após 2 a 12 semanas;
- redução do risco de derrame e de infarto semelhante a quem nunca fumou após 5 a 15 anos.

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