Publicado em 26/01/2015 às 08h00 Brasil Cidades
O Estado de São Paulo precisa se preparar para enfrentar a maior crise hídrica da sua história. “O pior ainda não ocorreu. As chuvas não estão chegando nos níveis necessários para abastecer o suficiente as nossas represas e, para piorar, as precipitações dos últimos três meses foram inferiores as ocorridas em 2013”, alerta Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente (Apecs).
Segundo ele, a estiagem também afeta as empresas de consultoria. “As empresas concessionárias estão cortando os investimentos de forma generalizada. Esses cortes são incoerentes com a realidade. É nesse momento que as operadoras mais precisam de apoio técnico das consultorias e isso não está ocorrendo no mercado.”, analisa Pladevall.
O presidente da Apecs relata ainda que, desde o segundo semestre do ano passado, as concessionárias estão cortando serviços de consultoria, mesmo diante do aumento de risco de falta de água. “As concessionárias estão priorizando os pacotes com soluções prontas em vez de contratar estudos de consultorias”, afirma.
Indicadores
Pladevall também considera pessimista o cenário futuro para os sistemas de abastecimento, principalmente da grande São Paulo. “Não chove o suficiente na região dos principais sistemas de abastecimento da grande São Paulo”, pontua. Ele concorda com as medidas que vêm sendo tomadas pela Sabesp e com a linha de trabalho adotada pelo novo presidente da companhia, Jerson Kelman. “Temos que dar total transparência na situação e trabalharmos com campanhas constantes com o objetivo de esclarecer a população para a economia de água”, afirma.
“O governo estadual acertou ao sobretaxar o consumo acima da média. É uma iniciativa que vai contribuir para a redução do uso da água”, diz. O dirigente defende ainda uma política que dê prioridade a um planejamento capaz de garantir a mudança de padrão de consumo. “Além disso, as empresas do setor detêm reconhecida competência na busca de soluções para a área hídrica, com novos planejamentos a partir de estudos e análises sobre a mudança do regime de chuvas detectadas nos últimos anos”, explica.
Para o presidente da Apecs, 2015 vai ser um ano de muitas dificuldades para todos os setores diante da escassez de água no Estado. “As obras planejadas só entrarão em funcionamento a partir de 2016. Enquanto isso, a população vai ter que contribuir, e muito, para evitar o desperdício de água”, sentencia.
Histórico
A Apecs foi fundada em 1989 e congrega atualmente cerca de 40 das mais representativas empresas de serviços e consultoria em Saneamento Básico e Meio Ambiente com atuação dentro e fora do país.
Essas empresas reúnem parte significativa do patrimônio tecnológico nacional do setor de Saneamento Básico e Meio Ambiente, fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro, estando presente nos mais importantes empreendimentos do setor.
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