Conta de luz fica 29,2% mais cara

Desde domingo, dia 1º, a conta de luz dos indaiatubanos ficou 29,2% mais cara. O reajuste de caráter extraordinário foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, para os 27 municípios no interior e no litoral paulista, atendidos pela Companhia Paulista de Força Luza (CPFL Piratininga). 

A assessoria de imprensa da CPFL informou que os recursos decorrentes das novas tarifas serão exclusivamente usados para cobrir a expansão das despesas com encargos setoriais e com a compra de energia. A empresa justificou ainda que o reajuste homologado pela Aneel reflete o forte crescimento das despesas da concessionária com a compra de energia da usina de Itaipu, que é cotada em dólar, e dos leilões de energia existente de 2014 e 2015. 

A CPFL informou ainda que as novas tarifas irão incorporar a cota 2015 do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que sofreu um significativo acréscimo na comparação com o ano passado.  

Com no novo reajuste, a CPFL Piratininga diz assegurar seu equilíbrio econômico-financeiro, permitindo a continuidade do fornecimento de energia e a realização dos investimentos necessários para a expansão dos seus serviços. 

A nota da companhia também informa que em outubro deste ano a conta de luz passará pelo reajuste tarifário anual, conforme previsto no contrato de concessão. Neste caso, a Aneel irá repassar para as tarifas dos clientes o aumento dos custos vigentes naquela data, inclusive a devolução dos recursos aportados pela Conta ACR ao longo de 2014 para cobrir os gastos com a geração termelétrica e a alta do preço da energia no mercado de curto prazo.

Desagrado

Entre os consumidores o aumento não agradou. De acordo com a dona de casa Silvana Campanelli, de 48 anos, o reajuste é abusivo. “É desgastante você economizar o mês todo e quando vem a conta o valor é exorbitante. Já temos os reajustes comuns, que pesam no bolso, e agora aumentam novamente. É um absurdo”, critica. 

No caso de Silvana, a conta mensal que custava em média R$ 53 vai subir para em média R$ 69. 

Em entrevista ao Mais Expressão, o presidente da CPFL Piratininga Luis Henrique Ferreira Pinto informou que o aumento foi repassado pela Aneel e que as distribuidoras não podem intervir. “O aumento na conta de energia é um problema na geração de energia, decorrente da escassez de água, e que foge do controle da CPFL. Acreditamos que seja uma coisa momentânea e que assim que essa situação passar, os valores serão reajustados pela Agência reguladora.