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Comércio recebe até 30 currículos por dia por vagas temporárias

A previsão é que poucas oportunidades sejam criadas este ano

 Publicado em  18/11/2016 às 09h54  atualizado em 18/11/2016 às 09h54 - Indaiatuba  Economia


Trezentas entrevistas. É a estimativa que o gerente de loja de calçados Alexandro Gonçalves realizou nas últimas semanas. De acordo com o lojista, são pelo menos 30 currículos por dia. “Em cinco anos no ramo já cheguei a trabalhar com 36 vendedores na loja, hoje tempos oito fixos e vamos contratar apenas quatro temporários. Antes, dobraríamos o efetivo, mas este ano não dará”, conta.

O abono salarial (13º salário), as férias, datas comemorativas e o horário estendido do comércio é a esperança de muitos lojistas para “salvar o ano”. É a chance de muitas pessoas desempregadas conseguirem um encaixe que pode se tornar definitivo depois. A técnica de Segurança do Trabalho Fernanda Letícia Carvalho, de 21 anos, está trabalhando como atendente no shopping. “Fico no balcão de Natal que é onde eu faço o cadastro dos clientes para eles participarem”, conta. “Também contabilizo os presentes que as pessoas trazem para a campanha de Natal daqui”, afirma. 

Não é a primeira vez que ela consegue uma vaga temporária. “Essa renda ajuda em 100% em casa, porque meu irmão não está trabalhando e minha mãe anda um pouco doente”, revela. Apesar disso, ela sabe que o emprego tem prazo de validade. “Eles me chamam todo ano porque fiz estágio lá, mas não tem como ser prolongado porque é ação de Natal”, encerra.

Em outra loja do Centro, o gerente Marcelo Ramos relata a grande procura das pessoas. “O índice de desemprego está muito alto. A gente recebe entre 20 e 30 currículos todos os dias. Pretendemos dobrar o número de vendedores neste final de ano de 8 para 16”, conta. “Sempre tem os que ficam porque se destacam com determinação e empenho”, analisa.

É o que espera Thais Lima, de 18 anos, moradora do Jardim Morada do Sol. “Espero que me chamem em outras oportunidades, por isso estou me esforçando para voltar, nem que seja no ano que vem”, afirma. A jovem “ajuda” as crianças a tirar fotos com o Papai Noel em um shopping. “Tenho duas folgas por semana e o contrato vai até o dia 24 de dezembro, dificilmente eles registram”, afirma. 

Na “gaveta” do gerente Alexandro “deve ter uns dois mil currículos”, diz. “Antes perdíamos muitos trabalhadores para a indústria por uma série de fatores: não trabalhar aos finais de semana, no final do ano e benefícios, mas agora a procura vem aumentando”, analisa. “Esperamos que o Natal – a nossa melhor data de vendas no ano, possa ser bom e que a gente consiga aumentar as vendas, porque neste último mês caímos 10%”, encerra. 

Expectativa 
A previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que o Natal, pelo segundo ano consecutivo, apresente queda nas vendas e na contratação de temporários em 2016.

A estimativa é de retração de 3,5% no faturamento do varejo, e recuo de 2,4% em postos de trabalho temporários ofertados em relação ao ano anterior.

O salário de admissão deverá chegar a R$ 1.205, um avanço de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, ou 0,6%, se descontada a inflação.

A Associação Comercial Industrial e Agrícola de Indaiatuba (Aciai) não divulgou estimativa de contratação de funcionários temporários.
 

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