Com público menor, população volta às ruas contra o Governo

No próximo domingo, dia 16, às 9h30, a população volta às ruas em manifestação contra o Governo da presidente Dilma Rousseff. Esse será o terceiro ato do ano e, de acordo com a organização, a expectativa é que o público seja de 2 mil pessoas, o menor número entre as edições anteriores. Os manifestantes sairão do estacionamento do Parque Ecológico e seguirão até o Colégio Objetivo. 

O primeiro protesto, realizado em 15 de março, reuniu cerca de 5 mil manifestantes segundo a Polícia Militar. O número animou os organizadores, que esperavam para o segundo ato, que aconteceu no dia 12 de abril, o dobro de apoiadores.

Porém a edição reuniu aproximadamente de 3 mil pessoas, segundo a organização e 1,5 mil de acordo com a PM 

Em entrevista ao Mais Expressão, uma das organizadoras do movimento, a cabeleireira Sandra Santos, de 41 anos, diz que a expectativa para esta edição é menor em decorrência do pouco tempo de divulgação e do desânimo da população. “É comum, infelizmente, as pessoas irem desanimando e como esse novo ato foi divulgado há menos de 30 dias, acho que foi pouco para divulgar para os moradores”, explica. 

Entre a primeira e a segunda edição dos protestos foram pouco menos de 30 dias, já a edição de domingo ocorre pouco mais de três meses após a última. Sandra diz que acredita que o intervalo foi bom para as pessoas digerirem a situação do País. “Nós seguimos o calendário nacional de protestos, ou seja, mesmo que quiséssemos não poderíamos fazer uma edição só aqui”, conta. “Mas acho que foi bom para abaixar um pouco a poeira e os moradores entenderem o rumo que o país estava tomando." 

A organizadora ressalta ainda que a manifestação não tem filiação a nenhum partido político e explica que o objetivo é demonstrar o descontentamento com a situação e pedir que a presidente deixe o Governo. 

Sandra informa também que o ato já foi registrado como determina a lei e comunicado à Central de Ambulâncias e às forças de segurança. “Em nenhuma das edições tivemos problemas e temos certeza que neste também não haverá. Só reforçamos o pedido para que ninguém vá com camiseta vermelha ou de algum partido, para evitar algum incidente”. 

PT
De acordo com a presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Indaiatuba, Daniela Pellizzari, a manifestação de domingo, assim como as anteriores, é um direito da população. “Somos a favor da liberdade de expressão, porém não vejo o impeachment como um caminho”, diz. 

Para Daniela, a maioria que deve ir às ruas no domingo não será de eleitores de Dilma e sim aqueles que votaram em outro candidato. “Acho que o problema atual é querer generalizar um partido inteiro, pelos atos de alguns. E isso não é só no PT, por isso reforço que tirar a presidente do comando não é o caminho”, finaliza.