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Bebê de 5 meses volta de creche com afundamento no crânio

Caso aconteceu em unidade do Bairro Tombadouro

 Publicado em  25/11/2016 às 09h15  Indaiatuba  Educação


Um casal morador do Vale do Sol passou por um susto há cerca de um mês. O filho deles voltou da creche São José de Anchieta, no Bairro Tombadouro, com parte do crânio afundado.

Eles foram buscar a criança mais cedo na unidade escolar e perceberam o problema. 

"Naquele dia ele teria uma consulta no médico e por isso fomos pegá-lo antes da hora. Percebi que ele estava com um machucado perto do olho. Perguntei sobre isso na escola e disseram que ele mesmo tinha batido um chocalho ali", conta o casal que preferiu não se identificar. "Chegando ao carro, vi este afundamento. Na mesma hora meu marido e eu voltamos para perguntar o que tinha acontecido, mas ninguém soube falar. Depois, fomos até uma unidade de saúde do bairro e eles mandaram ir imediatamente para o Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc)."

A criança, atualmente com seis meses e na época cinco, passou por uma cirurgia chamada cranioplastia três dias depois para reparar o afundamento.

Desde então, a auxiliar de vendas não levou mais o filho para a creche. "O médico que atendeu disse que ele não terá sequelas, passávamos quinzenalmente com ele até a semana passada e agora passa a ter uma consulta mensal", conta, aliviada. "Tive que pegar férias do meu emprego e agora corro risco de perdê-lo."

A família acionou um advogado, Marco Longo, para que um processo investigue o que realmente aconteceu. "Ainda não temos nada porque é recente. Está na fase de apuração, ouvir testemunhas e só depois haverá decisão se será instaurado um processo", afirmou ao Mais Expressão, por telefone. Segundo ele, esta fase deve durar mais uma semana.

Revolta
Em entrevista, a mãe diz ainda está indignada com o caso. "Sei que o meu filho é esperto, já deixei avisado lá, mas o que deixa a gente assim é que eles não nos avisaram, não ligaram. Se eu chegasse para buscar ele na hora normal, meu filho teria ficado todo este tempo com esse afundamento e quem se responsabilizaria?", questiona. "O médico disse que ele ainda não tem força para se machucar desta forma. A suspeita é que ele tenha caído de algum lugar, talvez, do trocador - que tem 1,40 centímetros", sugere. 

A jovem mãe se diz aliviada, afirma que resolveu falar para que o caso viesse à público e isso não se repetisse com outras famílias. "Foi um alívio, mas não sabemos o que poderia ter acontecido", conta.

A Prefeitura informou que no dia do acidente representantes da Secretaria da Educação estiveram no local e, segundo relato da coordenadora da creche, as monitoras responsáveis pelas crianças daquela sala, negaram veementemente ter ocorrido qualquer acidente na sala.

Todavia, uma delas acompanhou a coordenadora e os pais da criança na UBS de Itaici. 

No posto, por orientação da enfermeira que prestou o atendimento, seguiram para o Haoc, onde a criança foi atendida e em seguida internada.

Segundo ainda a Prefeitura, no próprio hospital os pais foram orientados a registrar a ocorrência na Delegacia da Mulher. 

Duas monitoras foram demitidas. A diretora da entidade, Dispensário Antonio Frederico Ozanan, mantenedora da creche, disse à Secretaria Municipal de Educação que, em razão das reiteradas negativas das monitoras e, pela falta de colaboração das mesmas em prestar as informações necessárias para elucidar o caso, decidiu por bem, proceder as respectivas dispensas. 

De acordo com a Secretaria da Educação, através de duas supervisoras, esteve presente em todos os momentos subsequentes ao acidente, dando apoio à família e colocando-se à sua inteira disposição.

Na ocasião, foi concedida uma vaga para transferência em unidade escolar mais próxima da residência dos pais, para janeiro de 2017, a qual foi aceita. 

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