Baleada pelo marido segue internada em estado grave

A dona de casa Neide Boulhosa de Almeida, de 48 anos, segue internada em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc). Neide foi baleada no pescoço pelo marido, o eletricista Paulo Jair Pinto de Almeida, de 49 anos, na noite de sábado, dia 26 de junho, dentro de sua residência no Jardim Adriana. Após efetuar o disparo, o eletricista se suicidou com um tiro na cabeça. 

Informações dão conta que o eletricista chegou à residência, fechou o portão e quebrou a chave dentro do miolo da fechadura. Portando um revólver calibre 38, Almeida entrou na casa e efetuou um disparo contra Neide, que estava sentada no sofá da sala. O tiro acertou o pescoço da dona de casa. Em seguida, o eletricista teria ido ao banheiro e atirado contra a própria cabeça.

De acordo com a Guarda Civil, ao chegarem na residência a vítima estava consciente. No banheiro, os guardas encontraram o corpo do eletricista com um ferimento próximo ao ouvido direito e a arma encontrava-se na pia. 

A filha do casal contou aos guardas que não estava em casa na hora do crime e que ao chegar à residência, encontrou a mãe baleada e o pai no chão do banheiro. 

A dona de casa informou aos guardas que o marido efetuou o disparo sem motivo algum e que o eletricista não apresentava problemas depressivos. Neide foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Haoc, onde segue internada em estado grave. 

Brigas

Segundo um vizinho que preferiu não se identificar, as brigas entre o casal eram constantes. “Ouvíamos discussões e brigas frequentemente, mas nunca imaginamos que ele poderia fazer algo assim. Era um homem calmo, tranquilo, nunca causou problemas com ninguém. A única coisa que todos percebiam é que o casal não vivia bem, pois brigavam sempre”, contou.

A desempregada Francini Pessoello, de 21 anos, amiga da filha do casal, também relatou as constantes desavenças. “A Patrícia (filha do casal) sempre me contava das brigas, mas disse que nunca imaginou que o pai poderia fazer uma coisa dessas. Dizia que ele era um homem normal, tranquilo, mas que discutia frequentemente com a dona Neide”, disse. “A Patrícia até já saiu de casa por causa dessas desavenças dos pais”.