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Alunos da Fatec Araçatuba criam aplicativo para crianças autistas

Jogos e desafios desenvolvidos pelos estudantes para um trabalho de conclusão de curso ajudam e complementam o aprendizado escolar

 Publicado em  26/06/2018 às 15h46  São Paulo Capital  Variedades


Dois alunos da unidade Araçatuba da Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado) criaram um aplicativo que auxilia o desenvolvimento escolar de crianças com autismo. Yago Bracco e Fábio Yajima, formandos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, se inspiraram na dificuldade no dia a dia de uma mãe com seu filho autista para criar o AutHelper.

Construído como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e disponível para celulares e tablets que usam o sistema Android, o software tem quatro atividades: dicionário, números, letras e figuras. Ao clicar em um dos ícones, o usuário é direcionado a um desafio, apresentado de forma pausada e com ícones grandes para facilitar a compreensão da tarefa.

Para criar os exercícios, os alunos levaram em consideração aspectos como as cores utilizadas em cada atividade e o nível de aprendizado. “O AutHelper trabalha com as necessidades naturais das crianças com autismo. A intenção é ajudá-las a aprender melhor as matérias didáticas nas quais eles sentem um pouco de dificuldade na escola”, explica Bracco.

O trabalho, orientado pelo professor Ronnie Marcos Rillo, foi um dos três finalistas do 5º Desafio Inova Paula Souza de Ideias e Negócios, na categoria Educação. O prêmio foi criado pelo Centro Paula Souza para incentivar pesquisas dos alunos das Fatecs e das Escolas Técnicas (Etecs) de todo o Estado.

De acordo com a diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, o desafio é uma oportunidade de mostrar as ideias criativas dos estudantes e incentivar o surgimento de novas start-ups. “A educação voltada para o empreendedorismo é o caminho para fortalecer a cultura de inovação e o desenvolvimento de novos negócios”, afirmou.

Uma importante base para a pesquisa dos estudantes teve inspiração no trabalho realizado no Centro de Recuperação e Integração do Excepcional (Crie), de Guararapes, e no Instituto para Cegos Santa Luzia, de Araçatuba.

Os alunos agora buscam parceiros para seguir com as pesquisas e o aprimoramento do aplicativo. Uma versão gratuita para testes está disponível para download na Google Play, e os alunos dizem que o feedback é fundamental para o aprimoramento do projeto.

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