Aladdin expande adaptações da Disney

A Disney continua sua missão de transformar seus clássicos animados em produções live-action. Depois de Mogli (2016) e Dumbo (2019), agora é a vez de Aladdin, que estreia no Topázio Cinemas.
Foi em 1992 que Ron Clements e John Musker (A Pequena Sereia) lançaram Aladdin, baseado em conto de As Mil e Uma Noites. A animação foi a primeira a arrecadar mais de meio milhão de dólares nas bilheterias mundiais. O live-action conta com direção de Guy Ritchie (Sherlock Holmes) e adapta o roteiro para que funcione para adultos e crianças.
Para o papel principal, a produção buscou um ator de ascendência egípcia. Mena Massoud tem tudo o que Aladdin precisa: é carismático, ágil e se sai bem nas cenas de ação e de dança - uma delas hilária, quando é comandado pelo Gênio (Will Smith). 
Neste novo roteiro, assinado por John August (A Fantástica Fábrica de Chocolate) e Ritchie, a mensagem fica ainda mais clara. Aladdin fala sobre até onde você é capaz de ir para mudar seu destino. Aqui, os personagens encaram a todo instante aquilo que já parece pré-estabelecido a eles. 

Emblemático
O caso mais emblemático envolve a princesa Jasmine (Naomi Scott, de Power Rangers – O Filme). Se na animação sua personagem já demonstrava uma rebeldia acerca daquela sociedade patriarcal onde as princesas servem apenas de moeda de troca para alianças com outros reinos, neste live-action ela é ainda mais empoderada, tendo uma canção toda para si em um dos momentos mais marcantes.
Por mais que seja um remake em live-action que praticamente não desfaz nada da estrutura da animação, há algumas novidades pontuais aqui, assim como novas músicas. 
Com tudo isso, este novo Aladdin é a Disney mais uma vez aplicando uma fórmula que ainda não é garantia de sucesso – basta ver os números de bilheteria de Dumbo – mas eles parecem dispostos a apostarem as fichas nesta nova empreitada. Afinal, O Rei Leão está chegando. (Angelo Cordeiro)