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Acidentes e mortes caem em rodovias

Presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária comenta dados da Polícia Militar

 Publicado em  11/01/2019 às 10h27  Estado SP  Variedades


Ramalho critica medidas empregadas e defende redução de velocidade no perímetro urbano

Ramalho critica medidas empregadas e defende redução de velocidade no perímetro urbano
Foto: Divulgação

O número de pessoas que morreram em acidentes nas rodovias estaduais de São Paulo em 2018 caiu 5,86% na comparação com 2017, assim como o número de acidentes, que recuou 13,25%. O Mais Expressão conversou com o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), José Aurelio Ramalho, que criticou as atuais medidas empregadas para evitar acidentes e mortes nas rodovias de todo país. 
Segundo a Polícia Militar Rodoviária, 1.655 pessoas morreram nas rodovias paulistas em 2018, 103 casos a menos que no ano anterior. O total de acidentes também diminuiu, passando de 64.972 casos em 2017 para 56.364 ocorrências no ano seguinte, o que representou queda de 13,25%.
 A Polícia Militar Rodoviária destaca que a fiscalização foi intensificada em 2018, observando principalmente o uso obrigatório do cinto de segurança e controlando o excesso de velocidade, além de autuar motoristas que dirigem embriagados. Informou ainda que mais de 1,8 milhão de veículos foram fiscalizados, mais de 1,7 milhão de autos de infração foram lavrados e 24.405 motoristas foram autuados dirigindo sob efeito de álcool ou substâncias análogas.

Comportamento
Questionado sobre os números divulgados, Ramalho é enfático. “Pergunte para qualquer cidadão qual seria um número aceitável. A resposta tem que ser zero. Trata-se de uma questão de conscientização e educação no trânsito”, aponta. “O mesmo sujeito que não usa mais canudinho, porque está preocupado com o meio ambiente, não respeita os limites de velocidade ou não para na faixa de pedestre”.
O número de acidentes tem um alto custo para os cofres públicos. “O cidadão é quem paga a conta, pois existe um custo social estimado em R$ 250 por cidadão, ao ano, para bancar tantos acidentes de trânsito em todo o Brasil”, revela Ramalho. “Hoje, um acidente entra em nossa vida como algo corriqueiro, uma fatalidade. Mas quando se comete uma imperícia ou negligência no trânsito, você coloca todos em risco”.
Para Ramalho, é preciso mudar a mentalidade dos motoristas. “O que falta é a percepção de risco. Se não percebo que cinco quilômetros por hora a mais que o permitido é extremamente perigoso, não tiro o pé do acelerador”, analisa. “Essa conscientização começa no município e instintivamente, é levada pelo motorista para a rodovia”. 
Em 2018, o Observatório acionou o Ministério Público (MP) pedindo a diminuição da velocidade no perímetro urbano da Rodovia SP-075. “O MP já acionou a concessionária, que destaca a imprudência e negligência dos motoristas. Mas essa não é a discussão”, enfatiza. “Em Campinas, a velocidade é de 80 quilômetros por hora. Porque em Indaiatuba é diferente?”. 
Além do Maio Amarelo, campanha criada pelo Observatório que cresce todo ano, o foco em 2019 será na educação de trânsito. “Queremos implantar em todo o país o projeto Educa (Educação para o Trânsito em Sala de Aula), que já funciona em Indaiatuba”, destaca Ramalho. Para saber mais sobre o Observatório, acesse www.onsv.org.br. (com informações da Agência Brasil)
 

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