Jornal Mais Expressão - Indaiatuba
Jornal Mais Expressão. Conteúdo gratuito e de qualidade!

Acidente doméstico é uma das principais causas de morte entre as crianças

Aprenda o que fazer em situações de emergência para preservar a vida dos pequenos

 Publicado em  22/01/2015 às 13h00  Brasil  Saúde


Estar em casa não é sinônimo de estar seguro. Quando se trata do cuidado com uma criança, uma pequena distração pode ser fatal. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o acidente doméstico é uma das principais causas de morte entre as crianças de até nove anos. Nessa faixa etária, os maiores riscos à vida são afogamentos, quedas, queimaduras e intoxicações.

De acordo com o pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Marco Aurélio Gil de Oliveira, esses acidentes acontecem com as crianças porque a experimentação faz parte do processo de desenvolvimento. "O problema é que as crianças ainda não têm reflexo, equilíbrio e noção de perigo e acabam colocando a própria vida em risco", alerta.

Em caso de acidentes, o socorro imediato é fundamental para a preservação da vida. "Primeiramente, é preciso manter a calma. Na sequência, deve-se avaliar a gravidade do caso. Os pais têm que analisar se a criança está acordada, se não está acordada, mas respira, se a lesão sofrida é grande e se a criança está bem, mas pode piorar", ensina.

A partir disso, é preciso ter um cuidado específico para cada caso. Abaixo, o especialista orienta o que fazer e o que não fazer, nas principais situações de emergência:

Trauma de cabeça
O que fazer: Se a criança ficar desacordada, ligue imediatamente para um serviço móvel de urgência. Se não houver perda da consciência, verifique se a criança vai vomitar mais de uma vez, se uma pupila está mais dilatada do que a outra, se está com dor de cabeça aguda, se começa a agir de maneira diferente, se está confusa ou se não está enxergando bem. Caso algum desses sintomas esteja presente, leve-a ao pronto-socorro infantil (PSI) para realização de exames detalhados.
O que não fazer: Se houver afundamento do crânio ou suspeita de trauma no pescoço, não mexa na criança, aguarde a chegada da ambulância. A manipulação da vítima por pessoas despreparadas pode agravar o caso.

Queimadura
O que fazer: Lave o local com água fria. Verifique o local afetado, o grau da queimadura e a extensão. Mesmo que a quei madura seja de primeiro grau, a criança deve ser levada ao PSI se a lesão for extensa ou se atingir face, genitais, couro cabeludo ou dobras do corpo, como cotovelos e joelhos. 
O que não fazer: Nunca coloque gelo na queimadura ou estoure a bolha. O gelo pode agravar a lesão e, ao estourar a bolha, corre-se o risco de infecção.

Engasgo
O que fazer: Se a criança estiver engasgada, mas respirando, é melhor leva-la ao pronto-socorro infantil para que seja prestado o devido atendimento médico. Caso contrário, ligue para um serviço móvel de urgência. Apenas pais treinados devem fazer manobras de primeiros socorros. 
O que não fazer: Se o objeto engolido pela criança não estiver visível ou fácil de retirar, não tente faze-lo. Se o procedimento não for realizado adequadamente, o objeto será empurrado mais para dentro da garganta da criança, aumentando a dificuldade de ser retirado. Beber água também está proibido pelo mesmo motivo.

Afogamento
O que fazer: Se a criança estiver respirando, leve-a ao PSI. Caso contrário, peça ajuda de um socorrista capacitado a realizar os primeiros socorros. 
O que não fazer: Não provoque vômito ou tente tirar água do pulmão da criança. Manobras de ressuscitação desempenhadas inadequadamente podem agravar o quadro.

Intoxicação
O que fazer: Leve a criança imediatamente ao PSI, junto com informações sobre o produto ingerido (rótulo, bula).
O que não fazer: Não provoque o vômito. Em alguns casos, o vômito pode ser prejudicial. Apenas um médico poderá avaliar a melhor conduta para desintoxicação.

Corte
O que fazer: Antes de iniciar o curativo, o socorrista deve lavar as próprias mãos com água e sabão. Apenas com as mãos limpas, ele deve pegar os curativos e iniciar o cuidado. Se verificar que o corte está sangrando muito ou que as bordas estão muito afastadas, é preciso levar a criança ao pronto-socorro infantil para fazer uma sutura no local. É importante que as vacinas estejam em dia para evitar contaminação por tétano!
O que não fazer: Nunca aplique álcool ou pomadas no local do ferimento, não assopre o corte para não contaminar a região com os germes presentes na boca e não utilize algodão para estancar o sangue, pois as fibras grudarão na ferida, dificultando a remoção.

Fratura e torção
O que fazer: Os pais podem dar um analgésico para a criança e imobilizar o membro na posição mais confortável para ela, mas é preciso leva-la ao PSI para que sejam realizados os devidos exames. 
O que não fazer: Não faça testes com o membro acidentado para saber se dói mais ou menos em determinada posição. A movimentação pode agravar a lesão.

Choque elétrico
O que fazer: Desligue a chave de força e desconecte a criança da fonte de energia com material isolante, como um cabo de madeira. Se estiver respirando, leve-a imediatamente ao PSI. Caso contrário, acione um serviço móvel de urgência. Uma descarga elétrica pode desencadear arritmia cardíaca e danos nos rins.
O que não fazer: Nunca tente salvar a criança sem os devidos cuidados. Ao tocar uma pessoa que está sofrendo uma descarga elétrica, a energia pode ser transmitida e fazer com que o socorrista também seja eletrocutado.

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por três mode rnos hospitais que fazem parte da história da capital paulistana: Pompeia, Santana e Ipiranga. Excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são seus principais pilares de atuação. As Unidades têm capacidade para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta complexidade, como transplantes de medula óssea. Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo presta atendimento em mais de 60 especialidades, oferece ao todo 682 leitos e um quadro clínico de mais de 4 mil médicos qualificados. Seus hospitais possuem importantes acreditações internacionais, como a da Joint Commission International (JCI), renomada acreditadora dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor, a Acreditação Internacional Canadense e a da ONA (Organização Nacional de Acreditação). A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo faz parte da Sociedade Beneficente São Camilo, uma das entidades que compreende a Ordem dos Minis tros dos Enfermos (Camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar da Ordem global.

Galeria de mídia desta notícia

Não há fotos e vídeos disponíveis.

Frutos de Indaiá

O Troféu Frutos de Indaiá tem o significado de sucesso e vitória. Uma premiação pelo esforço contínuo e coletivo em direção à excelência.

Confira como foi o Frutos de Indaiá 2022.

COMPARTILHAR ESSE ITEM