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73 professores aderem à greve em Indaiatuba, segundo Apeosp

O sindicato afirma que a paralisação está confirmada para mais uma semana

 Publicado em  27/03/2015 às 10h44  Indaiatuba  Cidades


De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 73 professores de 15 escolas estaduais de Indaiatuba já aderiram à greve iniciada no último dia 13. Após duas semanas de manifestações, o sindicato afirma que a paralisação está confirmada para mais uma semana, já que até agora nenhuma proposta foi apresentada pelo Governo Estadual. 

Segundo a Apeoesp, as instituições em Indaiatuba que possuem professores em greve são: Antônio de Pádua Prado; Aurora Scodro Groff; Camilo Marques de Paula; Helena de Campos Camargo; Randolfo Moreira Fernandes; Dom José de Camargo Barros; Maria Aparecida Pinto da Cunha; Maria de Lourdes Stipp Steffen; Milton Leme do Prado; José de Campos; São Nicolau de Flue; Suzana Benedicta Gigo Ayres; Escola Morada do Sol; Genny Pimazzoni Mascarenhas e Hélio Cerqueira Leite

Para o coordenador da subsede em Indaiatuba, o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes, o Linho, o número de adendos ao movimento dobrou de uma semana para outra. “Cada vez mais professores estão aderindo à paralisação, porém mais importante do que o número de professores em greve é a quantidade de escolas com profissionais no movimento”, diz. 

Segundo Linho, a greve foi prorrogada para mais uma semana e na tarde de hoje, dia 27, será realizada mais uma assembleia geral no Museu de Artes de São Paulo (Masp). “Essa reunião de todos os professores em greve no Estado será decisiva por que irá nortear os próximos passos do movimento, que vai continuar até que o Governo ouça nossas reivindicações e apresente uma proposta”, explica. 

Na manhã de ontem, dia 26, alguns professores, alunos, pais de alunos e membros da Apeoesp realizaram uma manifestação na Praça Prudente de Moraes, no Centro de Indaiatuba. Segundo o professor de biologia da escola Maria Aparecida Pinto da Cunha, Leandro Pedroso de Lima, de 35 anos, a falta de condições para lecionar o levaram a aderir à paralisação. “Na escola onde eu trabalho 10 professores estão em greve, pois as condições de trabalho são precárias. Falta papel para imprimir as provas, o número de alunos nas salas é um absurdo,  falta papel higiênico e outros itens de higiene básica”, conta. “Eu estive na assembleia em São Paulo na semana passada e estarei hoje também, estamos lutando por melhorias básicas e exigindo que o governador reconheça a greve e negocie conosco.”

O professor de História na escola Aurora, Marcelo Cervan, de 41 anos, conta que 11 professores da instituição aderiram ao movimento “Estou na greve em busca de melhoria de salários e condições de trabalhos, precariedades que todo professor enfrenta na rede estadual atualmente”, relata. 

Muitos alunos da rede estadual também estiveram na manifestação na manhã de ontem. Segundo eles, o objetivo é apoiar os professores e lutar por uma educação de qualidade. “Apoio a greve por que quero que os professores possuam prazer em dar aula e nós alunos em aprender”, diz uma aluna. Outro estudante explica as condições da escola onde estuda é precária. “Falta papel higiênico, tem mais de 30 alunos por sala, falta carteira e às vezes falta até a merenda”, contou. 

 

Reivindicações 

Segundo Linho, entre as reivindicações dos grevistas estão: Aumento de 75,33% no salário para equiparação com as demais categorias com formação de nível superior; Reabertura das classes e períodos fechados; Máximo de 25 alunos por sala; Condições adequadas de infraestrutura; Aceleração dos processos de aposentadoria; Aumento do valor do vale alimentação e do vale transporte, entre outras. 

A reportagem do Mais Expressão contatou a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que informou que apenas 2,5% dos professores estão em greve. O órgão justificou que muitos professores faltaram às aulas por outros motivos e não por terem aderido à greve. 

Questionada sobre quando o órgão pretende se reunir com os grevistas e se há alguma proposta para ser apresentada aos professores, o órgão não respondeu até o fechamento desta edição.  

 

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