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05 desafios que as mães que amamentam enfrentam quando retornam ao trabalho

Uma vitória para toda vida! Esse é o tema da Semana Mundial da Amamentação

 Publicado em  16/07/2014 às 08h51  Brasil  Saúde


É muito importante considerar que amamentar faz parte da vida cotidiana de uma nova mãe. Mas para muitas, a amamentação já é um assunto bastante delicado, e quando acrescentamos “retorno ao trabalho” e “a necessidade de bombear o leite”, a conversa pode se tornar assustadora.

Tanto a Academia Americana de Pediatria, quanto a Sociedade Brasileira de Pediatria, recomendam o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida. Mas, sem o suporte apropriado, as novas mães, muitas vezes, desanimam e desistem da empreitada no meio do caminho. Dados americanos indicam que 75% das novas mães tentam amamentar, mas apenas 33% continuam a amamentar passados três meses. No sexto mês, esse número cai para 13%.

“Quando nos deparamos com esses números, há muitas coisas a se considerar... Por que essas mulheres desistem do aleitamento? Há falta de informação, falta de suporte familiar, falta de apoio do empregador, falta de espaço apropriado para retirar e armazenar o leite no trabalho, excessiva carga de trabalho no pós-parto... Mas com preparação e apoio, a amamentação pode tornar-se natural na vida de uma mãe que trabalha”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A seguir, o médico enumera os principais desafios que as mães que amamentam enfrentam ao voltar ao mercado de trabalho:

Desafio 1: Entendendo o tipo de equipamento que você vai precisar.

A mulher deve amamentar o bebê até o dia de voltar a trabalhar, mas precisa se programar e começar a estocar leite quinze dias antes disso, para poder continuar a oferecer o leite materno quando retomar a vida profissional. “Há muitas bombas diferentes para retirar leite das mamas. É importante avaliar as suas necessidades, pois uma mesma bomba não serve para todas as mulheres. Faça sua própria pesquisa, peça a opinião do pediatra e compre a bomba mais adequada para você”, recomenda o médico.

Desafio 2: Negociação com o seu empregador.

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que o poder público, as instituições e os empregadores devem oferecer condições adequadas ao aleitamento materno para todas as mulheres. Isso significa que as mulheres que trabalham fora têm direito a amamentar seus filhos mesmo nas horas que estão trabalhando. A funcionária que ainda não tem o direito à licença-maternidade de 180 dias tem o direito de retornar ao trabalho e fazer dois descansos remunerados de meia hora por dia para amamentar o bebê até ele completar seis meses de idade. Os pais adotivos têm os mesmos direitos que os pais legítimos. Também é determinado por lei que qualquer empresa onde trabalhem 30 mulheres ou mais tenha uma creche ou berçário. Se a empresa não tiver essa opção, a funcionária pode sair do serviço para amamentar seu filho em casa.

“Não hesite em contar com o apoio do setor de Recursos Humanos para ajudá-la com essa conversa, pois esse é o trabalho deles. Antes de falar com o seu empregador, compreenda bem os seus direitos como uma nova mãe”, recomenda Moises Chencinski, que também é membro do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Desafio 3: Retorno a uma indústria predominantemente masculina.

Mesmo em um mundo onde as mães são o segmento de mais rápido crescimento da força de trabalho, há muitas indústrias que ainda são dominadas por homens. E a nova mãe pode se deparar com situações embaraçosas ou desagradáveis​​, tais como a necessidade de sair de uma reunião importante para retirar seu leite.

“Tenha uma conversa com seu chefe ou com um representante do setor de Recursos Humanos para discutir essas necessidades e lembre-se que a amamentação é uma atitude normal e saudável, boa para o seu bebê”, sugere o pediatra.

Desafio 4: Conhecendo o ABC da amamentação e do bombeamento de leite.

A amamentação nem sempre é intuitiva. “Novas mães muitas vezes esbarram em questões tais como a ‘pega do bebê’ ou o estabelecimento de uma rotina de aleitamento. Ao introduzir o tema ‘bomba de leite’ na conversa, será preciso aprender muitas coisas novas, portanto, eduque-se e busque informações com o pediatra. Há também muito conteúdo on-line com dicas úteis”, diz o médico.

Desafio 5: Planeje o primeiro dia de volta ao trabalho.

“Retornar ao trabalho pode ser uma dura realidade. Planeje tudo com antecedência. Tente agendar o seu primeiro dia de volta ao trabalho para uma quarta ou quinta. Com a primeira semana curta, com um fim de semana se aproximando,  a  transição pode ficar mais suave. Pratique em casa, usando roupas de fácil acesso para que você não perca nenhum de seus intervalos de bombeamento, que são geralmente de 15 minutos”, orienta Moises Chencinski.

Por fim, o médico destaca que o aleitamento materno é uma viagem de curto prazo que traz benefícios de longo prazo. “Se a mãe tiver qualquer contratempo ao longo do caminho, é importante que ela saiba que a retirada e o armazenamento de leite não vão durar a vida toda. Esta é uma situação transitória. Estar preparada para isso permitirá a ela maximizar os benefícios da amamentação. Para não se sentir sozinha e trocar experiências com mulheres que passam pela mesma situação, existemcomunidades de mães, presenciais ou on-line. Participe! Não se sentir sozinha, sem respaldo, é fundamental”, diz o pediatra.

 

 

Veja um vídeo sobre o tema:

http://youtu.be/3G3Ws97MXis

 

 

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