Venda de panetones caseiros é opção de renda extra neste Natal

A representante comercial Adriana Lamão, de 35 anos, tem "virado" noites em finais de semana desde novembro. O motivo é doce: panetones caseiros. A produção deve chegar a 500 unidades neste Natal.

"Há boas expectativas de vendas, pois mesmo com o aumento dos preços na matéria prima, reduzi o valor da unidade e diminuí a margem de lucro para vender mais", conta. Ela está entre os indaiatubanos que vão aproveitar as festas de fim de ano para complementar a renda.

Os panetones "ganham" coberturas e recheios especiais, podendo chegar a R$ 50. Rosimeire do Nascimento Gonçalves, de 39 anos, faz estes produtos há pelo menos dez anos. "Geralmente começo a produzir em dezembro. Espero vender bem, claro. Já chegou a sair 300 em um dos anos bons", conta. Ela faz os produtos por encomenda e espera que isso ajude na renda doméstica.

Adriana afirma que os alimentos produzidos em casas são "mais macios, com massa molhadinha". "As pessoas podem escolher os recheios e até misturá-los. Isso ajuda nas vendas, porque um cliente pode pedir para colocar morango, por exemplo, de acordo com as vontades e necessidades", diz. O lucro, segundo ela, ajudará nas despesas do começo do ano. "Com esse extra eu pago o IPVA, IPTU e seguro de carro", conta.

Supermercados da cidade esperam crescimento nas vendas

Os supermercados esperam aumento nas vendas de panetones neste mês. No Mercado Lopes, a produção deste ano já superou a do ano passado, de acordo com o profissional de contabilidade, Rodrigo Donizetti Assalim. "Esperamos que haja aumento de 20% em relação ao último Natal. A maioria dos produtos que saem são da nossa própria fabricação. Este ano ainda temos a novidade sabor cappuccino", revela. Foram mais de 1,3 mil unidades fabricadas pela padaria do mercado. Em média, o preço é de R$ 8.

O hipermercado Carrefour disse que a expectativa da companhia é que sejam vendidas 3,4 milhões unidades de panetones artesanais até o final de dezembro, cerca de 400 mil itens a mais em relação ao ano passado. 

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga), Alvaro Furtado, as vendas nos supermercados devem ser melhores que no mesmo período do ano passado. 

"Por conta da crise, a maioria das pessoas vai evitar os gastos com presentes de grandes valores e viagens, e vão apostar nas ceias com os familiares em suas residências", diz. "Não será um grande aumento, mas será um ano melhor que em 2015.