Dia Nacional de Lutas é sábado, da 3, na Estação Cultura

Formada por movimentos sociais, populares, estudantis e centrais sindicais, a Frente Brasil Popular levará milhares de pessoas às ruas, em diferentes regiões do Brasil, no sábado dia 3, pautadas pelo Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e Contra o Ajuste Fiscal. 

No estado de São Paulo, a atividade é organizada pelo Fórum dos Movimentos Sociais, articulação estadual que reúne mais de 50 entidades. Em Campinas, o ato público será a partir das 9h, na Estação Cultura, na Praça Marechal Floriano Peixoto s/nº, com caminhada peal Rua 13 de Maio até o Largo da Catedral Metropolitana, região central. Entre as intervenções artísticas, haverá apresentação de hip hop com o Levante Popular da Juventude.

Com apoio da CUT São Paulo, as mobilizações ocorrerão na capital e também nas cidades de Araçatuba, Bauru, Itapeva, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Sorocaba. Nessas localidades, os atos públicos serão realizados com a participação dos sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores na região e em parceria com os movimentos sociais do campo e da cidade.

"Temos uma pauta para que a crise não permaneça e não é a pauta do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas é pela valorização do salário, aumento dos investimentos em infraestrutura, na manutenção e criação de programas sociais", ressalta o sindicalista Carlos Eduardo Fábio, o Índio, coordenador da CUT Campinas.

“Para além das pautas nacionais em defesa da democracia e do Estado de direito, ao estender o debate e a mobilização para as regiões, nós valorizamos a discussão dos problemas locais e também fazemos o enfrentamento ao conservadorismo, que é muito mais presente e enraizado no interior paulista”, explica Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo, sobre a estratégia de descentralizar as lutas e marchas.

Entenda os motivos que levarão os movimentos às ruas - http://migre.me/rFgK8

Frente Brasil Popular - Neste 62° aniversário da Petrobras, os movimentos sociais e sindical reforçam que o petróleo e o pré-sal são riquezas que devem servir para melhorar a vida dos trabalhadores (as), como os royalties para a educação e a saúde que podem ajudar na melhoria das escolas públicas, no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outros programas sociais.

As organizações alertam para os interesses de parlamentares, de países e de empresas que querem se apoderar do pré-sal derrubando o modelo de partilha, que diz respeito à exploração de petróleo e do gás natural, como é o caso do Projeto de Lei nº131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que alargaria a presença de  petrolíferas estrangeiras pra explorar a riqueza brasileira.

Às ruas do país, os movimentos reforçam também a defesa da democracia participativa e se colocam contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, proposto por setores conservadores e elitistas do Brasil que, segundo manifesto elaborado pelas entidades, deveriam cobrar, de fato, o combate à corrupção com reforma do sistema político e o fim do financiamento empresarial de campanha eleitoral.

Mas, em contrapartida, afirmam que são os ricos que devem pagar a conta. Em 2013, alguns milionários, donos ou sócios de grandes empresas, arrecadaram quase R$ 200 bilhões, mas não pagaram impostos. O Brasil é um dos poucos países do mundo que não tributa lucros e dividendos de acionistas.

Para as lideranças dos movimentos sociais, os custos do ajuste fiscal feito atualmente não podem ser debitados nas contas da classe trabalhadora. Eles apontam a taxação das grandes fortunas, das grandes heranças e o combate à sonegação para superar desigualdades sociais e a crise econômica.

Entenda - Lançada em 6/9, em Belo Horizonte (MG), a Frente Brasil Popular agrega centrais sindicais, movimentos sociais e populares do campo, da cidade e movimentos estudantis, com o objetivo de unificar os diversos movimentos em defesa dos direitos da classe trabalhadora. É organizada em todos os estados brasileiros. Em São Paulo, as ações são lideradas pelo Fórum dos Movimentos Sociais do Estado de São Paulo.

SERVIÇO
Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e Contra o Ajuste Fiscal
Dia/hora: 3 de outubro, a partir das 9h
Local: Estação Cultura - Praça Marechal Floriano Peixoto s/nº, com caminhada até o Largo da Catedral Metropolitana de Campinas